originário da Escócia, o Cairn terrier é uma das raças mais populares e antigas da Grã-Bretanha e, segundo historiadores e especialistas, o Cairn é uma das poucas raças que se mantiveram fiéis ao seu ´tipo original´ durante os anos.
Sabe-se que o Cairn já era conhecida na região desde a Idade Média. No século XV, cães muito semelhantes aos cairn terriers eram utilizados na caça de pequeno porte, como raposas, lebres, lontras. A principal função destes pequenos caçadores era a de expulsar lontras de seus esconderijos, formados por pilhas de pedras, em inglês cairn, de onde herdaram seu nome Cairn Terrier. Foi apresentado em exposições caninas, pela primeira vez, em 1860, com o nome Skye Terrier de Pelo Duro´, nome escolhido para homenagear a ilha de origem da raça e onde se encontravam os exemplares mais típicos.
Sua antiguidade e a grande variedade de raças aparentadas torna difícil precisar quais foram as raças que constituíram o Cairn Terrier. O que se sabe é que foi a partir do Cairn terrier que surgissem outras raças, especialmente o West Highland White Terrier, uma vez que do acasalamento de 2 Cairns eventualmente nasciam exemplares brancos que eram banidos pelos criadores. A cor branca foi banida das cores aceitas para o Cairn no início do século XX, justamente quando o Cairn Terrier obteve seu reconhecimento como raça independente. Durante o período de transição, numa mesma ninhada poderiam haver cães registrados como Cairn Terrier e outros filhotes registrados como Westie, dependendo da cor.
O aumento de sua grande popularidade fora da Europa deveu-se, em muito, à sua participação no filme “O mágico de Oz”, em que Totó, o cachorrinho da protagonista, foi representado por um Cairn Terrier, na verdade, uma fêmea. Está entre as 20 raças mais populares em diversos países, entre eles Inglaterra, França, Canadá e Estados Unidos.
O Cairn terrier é considerado como o mais ´apegado´ dos terriers. Possui grande aptidão para a caça e é um cão bastante ativo, valente e alegre, mas apesar disso, pode ser um excelente companheiro. Como todo bom terrier, certamente não é um cão indicado para os aficcionados por jardinagem, a não ser que se queira um ajudante.
Por ser um cão muito ativo e alegre, o Cairn viverá melhor e mais feliz numa casa com quintal ou jardim em que possa explorar à vontade. Apesar do seu tamanho possibilitar que viva em apartamentos, o ideal é que possa exercitar-se diariamente em passeios de pelo menos 1 hora.
É um cão de personalidade muito alegre e que está sempre disposto a brincadeiras e mesmo em idade avançada costuma conservar essa jovialidade. Brincadeiras que estimulem seus instintos de caça serão sempre bem vindas.
Por ser um cão bastante apegado à família, não se adapta bem à solidão e, uma vez que sejam deixados muito tempo sozinhos, podem desenvolver comportamentos bem destrutivos.
Justamente por sua função de caça em tocas, em que precisavam tomar ´suas próprias decisões´, não se pode dizer que sejam um exemplo de obediência ou solicitude. No ranking elaborado pelo pesquisador Stanley Coren, no livro ‘A Inteligência dos Cães’, o Cairn ocupa a 35ª posição entre as raças pesquisadas.
Assim como os demais Terriers, o Cairn pode apresentar uma tendência a ser um cão bastante latidor, funcionando como cão de alarme. Porém, caso more em apartamento, essa característica pode ser um transtorno e por isso o proprietário deve condicioná-lo desde cedo a não latir à toa.
Sua personalidade alegre e divertida, sempre disposta à atividade, fazem do Cairn uma excelente companhia para crianças. Com outros cães, demonstra menos agressividade de que os outros Terriers, podendo conviver em relativa harmonia, mesmo com exemplares do mesmo sexo.
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